É isso mesmo, o Raspberry Pi em forma de módulo lançado ano passado irá equipar dois projetos de cubesat, o STRaND2 e o AAReST.
Chris Bridges está desenvolvendo um dos computadores de bordo dos nano satélites, o projeto é liderado pelo professor Craig Underwood no Surrey Space Centre em conjunto com a CalTech e o Laboratório De Propulsão a Jato da NASA.
O processamento do Raspberry Pi será utilizado para processar os sistemas LIDAR em conjunto com o Kinect. O sistema fará a detecção de aproximação e experimentos de acoplagem.
Um dos detalhes que geralmente envolvem os cubesats é em relação ao custo. Enquanto alguns já utilizaram inclusive celulares, esses utilizarão Raspberry Pi's que foram doados pela Fundação.
Na foto abaixo é possível ver um dos protótipos de teste do sistema de detecção que ainda era equipado por um Raspberry Pi Modelo B.
No vídeo abaixo em outro protótipo em testes do sistema de detecção, agora utilizando um Raspberry Pi B+.
Falando novamente sobre custos, alguns satélites utilizam sistemas/chips protegidos contra radiação vinda do espaço, essa que pode alterar o estado de transistors causando um mal funcionamento do chip. Esse tipo de solução tem um custo bem alto, portanto acaba sendo descartada em cubesats.
Uma das formas de assegurar o melhor funcionamento do nano satélite é a utilização de redundância. Isso é utilizado mesmo em sistemas mais caros. Para reduzir o tamanho assim como criar um sistema de redundância foi criada uma placa (primeira imagem do post) onde há slots para dois Raspberry Pi Compute Module. A placa também inclui um microcontrolador MSP430 responsável por funcionalidades de baixo consumo.
O cubesat AAReST está planejado para ser lançado em 2018. Com missões como o Astro Pi e sua utilização em nano satélites o Raspberry Pi continua conquistando seu lugar não somente em diversos locais aqui na Terra, mas também no espaço.
Fonte: https://www.raspberrypi.org/blog/compute-module-cubesats/
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